domingo, 2 de outubro de 2011

Com grande fama internacional, Ricardo de La Riva, fala sobre seu estilo de guarda


Escrito por  Redação
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Com grande fama internacional, Ricardo de La Riva, fala sobre seu estilo de guarda
O rei da guarda, Ricardo de La Riva, ilustra, este mês, a capa da revista de jiu-jitsu, "Jiu-Jitsu Style", editada no Reino Unido. Muito bem ilustrada, a publicação  dá um grande destaque ao lutador que desenvolveu a guarda mais ofensiva da arte suave.
O mestre roda o mundo ministrando seminários e divulgando a arte, genuinamente nacional, que encanta pessoas e ganha adeptos pelos quatro cantos do mundo.
Ele fala sobre seu trabalho, sua trajetória e sua experiência em ensinar para gente de tantas nacionalidades diferentes.  Esta semana, em sua academia, no Rio de Janeiro, recheada de israelenses que, juntaram-se aos alunos para a prática do jiu-jitsu, na sede, da academia De La Riva Jiu-Jitsu, em Copacabana, zona sul da cidade.
Última modificação em Sáb, 01 de Outubro de 2011 10:41

MATÉRIA SITE FAIXAPRETA.COM


Após grave acidente, Adilson Higa, encontrou nos tatames a alegria para recomeçar

Escrito por  Oscar Daniotti
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Adilson HigaAdilson HigaOscar Daniotti



O campeão Adilson Higa é um exemplo  de vida.  Depois de sofrer um grave acidente de moto, em 2009, quando foi atropelado por um caminhão, fato  que desencadeou uma amputação de seu braço, o lutador encontrou, nos tatames, força para se recuperar e voltar a ser feliz.

No último Internacional Master de JJ, o professor de Mato Grosso, fez uma bela apresentação, no ginásio do Tijuca Tênis Clube, que lhe rendeu fortes aplausos de todos que se encontravam no campeonato.

Higa é, com certeza, um exemplo para todos, não apenas na arte suave, e sim para aqueles que por motivos de menor gravidade se entregam às drogas, depressão e tudo de ruim que encontramos neste mundo.

Entrevistamos Adilson.  Confira alguns depoimentos deste campeão da vida.

"Quando vou, ao Rio, aproveito a oportunidade para treinar com o grande mestre Ricardo De La Riva.  Em relação à competição, luto por prazer e, para mim, não importa ganhar o perder.  Eu luto por questões pessoais".

"O jiu-jitsu é tudo na minha vida.  Todo meu esforço, de competir em alto nível e de estar nos principais campeonatos é totalmente recompensado, pelo reconhecimento da galera", concluiu.

O competidor deixa um recado para o pessoal do faixapreta.com:  "o principal é não deixar de vestir um kimono, além de ter a preocupação com  os estudos, mais aprofundados, das técnicas do jiu-jitsu.  Características como companheirismo, honra, responsabilidade e comprometimento, com o que se faz, dão resultado.  No jiu-jitsu, não adianta, apenas treinar o corpo, é necessário aprimorar a mentalidade e o resultado é consequência".

Assista, agora, a reportagem realizada pelo jornalista, Silvio Ferreira, para a TV SBA (Sistema Brasileiro Agropecuário), do Centro-Oeste.
Última modificação em Ter, 13 de Setembro de 2011 22:22

Carta de Dois alunos de Hélio Gracie


por Guilherme e Pedro Valente
Muitos praticantes, lutadores e até mesmo professores de Jiu-Jitsu, atualmente, embora devotando grande respeito e admiração, pensam que, nos últimos anos, a técnica do grande mestre Hélio Gracie já estava sendo ultrapassada.
Isso aconteceu porque com a adaptação do seu Jiu-Jitsu para a disputa de campeonatos com regras especificas que limitam o tempo de luta, proíbem a utilização de certos golpes arriscados, instituem categorias de peso e conferem pontos por domínio de posição, a arte da defesa, que é essencial em um confronto com um adversário mais pesado e mais forte, em uma situação real, perdeu em grande parte o propósito.
A luta de campeonato, através da contagem de pontos, valoriza prioritariamente o ataque e a agressividade, e como o professor Hélio sempre enfatizava a defesa acima de tudo, passaram a considerar o seu Jiu-Jitsu desatualizado.
Entretanto, Sun Tzu já ensinava há milênios no livro “A Arte da Guerra”, que quando existe insuficiência de força, a defesa deve ser priorizada e que a tática ofensiva só deve ser utilizada em situação de vantagem física. Hélio, sem nunca ter estudado filosofia chinesa, aplicou princípios do Taoísmo e de Sun Tzu com a maior sabedoria e precisão.
Depois de muita pesquisa em antigos livros de Jiu-Jitsu e Judô, chegamos à conclusão de que Hélio Gracie foi o primeiro mestre das artes marciais na história a materializar essas filosofias chinesas milenares e aplicá-las ao combate corpo a corpo, através de seu método genial de defesa pessoal.
Ele entendeu muito cedo, lutando contra adversários muito mais fortes e pesados, que partir para o ataque em uma situação de desvantagem física representa um esforço inútil e arriscado.  O ataque só deve ser utilizado como elemento surpresa ou em uma situação  de superioridade.
Como o Jiu-Jitsu de Hélio foi desenvolvido para ajudar ao mais fraco, ele priorizou a tática defensiva que depende da paciência (através do domínio da técnica) e da resistência (através da alimentação racional e vida saudável) esperando o adversário errar ou cansar, para só então buscar a vitória.
A regra da imobilização utilizada tanto no Judô quanto na luta livre, de origem greco-romana, se baseia na idéia de que quando um lutador é dominado por um adversário, com as espáduas encostadas no chão, ou ele escapa rapidamente ou está liquidado.
Hélio ousou em discordar desse tradicional conceito esportivo e criou um sistema defensivo invulnerável que permite ao lutador mais fraco manter-se em posição desfavorável sem ser finalizado, isto é, vencido ou nocauteado.  Ele sempre afirmou que ao desenvolver os reflexos da sua técnica de defesa, um lutador só perde se errar, pois a técnica de defesa em si é invencível.
Com o avanço da idade, nos últimos quinze anos e a natural perda de boa parte da pouca força física que possuía, ele foi obrigado a aprimorar ainda mais o seu Jiu-Jitsu (com o qual poucos privilegiados tiveram contato) e torná-lo mais eficiente para poder dar continuidade ao seu costume de enfrentar desafios e colocar os seus ensinamentos a prova.
Até os seus 94 anos, Hélio Gracie se deitava no tatame e mandava qualquer lutador ou praticante do Jiu-Jitsu que o visitava, independentemente de tamanho ou peso, escolher a posição que quisesse, montado ou atravessado e tentar vencê-lo, sem que ele tentasse sair, apenas se defendendo.
Ninguém logrou êxito. Tudo isso para provar aos seus alunos e a quem quer que fosse procurá-lo, que com a sua técnica de defesa, qualquer pessoa, mesmo o mais fraco, pode se tornar imbatível.
Um trecho extraído do clássico “A Arte da Guerra” de Sun Tzu mostra bem a filosofia que explica o novo Jiu-Jitsu por ele criado. “Os bons guerreiros de antigamente primeiro se colocavam fora da possibilidade de derrota e depois esperavam a oportunidade de derrotar o inimigo.
A garantia de você não ser derrotado está em suas mãos, já a oportunidade de derrotar o inimigo é fornecida por ele mesmo. Vem daí o ditado: pode-se saber como vencer sem ter a oportunidade de fazê-lo.
A garantia contra a derrota implica táticas defensivas; a capacidade de derrotar o inimigo significa saber como e quando tomar a ofensiva. Devemos nos manter na defensiva quando a força for insuficiente e só atacar no erro ou no enfraquecimento do inimigo. O guerreiro vence os combates não cometendo erros. Não cometer erros é o que dá a certeza da vitória”.

Treinos e Campeonatos